Holanda (2:4) Argentina
Esta noite perdi completamente a esperança de ganhar qualquer aposta para a final. A bola é efetivamente redonda e os treinadores de bancada não passam disso mesmo. Quanto ao jogo, defrontaram-se duas equipas muito concentradas e determinadas em não perder. Sem euforia atacante, foram raras as oportunidades de golo. Só para contrariar todas as minhas crónicas anteriores, foi a Argentina a pegar na redonda, face a uma laranja anormalmente expectante. Para quem gosta de tática e posicionamento, foi um jogo excelente. Para mim, foram 120 minutos de desilusão, principalmente com Van Gaal. Contrariou a natureza do futebol ofensivo da Holanda, talvez por medo de errar. E foi o seu principal erro. O tiro saiu-lhe pela culatra! A Argentina, por seu lado, esteve perfeita defensivamente. O esforço foi tão evidente que, por cansaço, quase sucumbiu ao prolongamento. Ainda assim, a albi-celeste foi a única que ficou realmente perto do golo. Messi foi eficazmente anulado durante todo o jogo mas, da adversidade, surgiu uma verdadeira equipa, que não tinha existido até agora. Na raspadinha, Romero, abençoado pelo Papa Francisco, usou a moeda da sorte e disse a Van Gaal: “Eu também estou aqui, onde está o Krull?” Agora, que venha a máquina germânica! Final improvável?
Talvez sim, talvez não… Até o Vaticano os escolhe!
José Marques
Pintar a casa
